Lançado no fim de abril, Clair Obscur: Expedition 33 bateu uma marca curiosa, vendeu 3,3 milhões de cópias em exatos 33 dias. O estúdio Sandfall Interactive até precisou avisar nas redes que não era meme.
Esse número, que já seria impressionante por si só, já que não inclui os downloads pela Game Pass no Xbox e PC. Ou seja, tem ainda mais gente jogando. Pra um jogo novo, de um estúdio estreante, em um gênero que muita gente achava saturado fora do Japão, é coisa grande.
A recepção da crítica explica um pouco o sucesso, já que no Metacritic, o game tem média 92 no PS5, 91 no Xbox Series e 91 no PC. Foi chamado de “JRPG francês” desde os primeiros trailers, mas agora essa expressão não soa mais como comparação, já podemos dizer que é uma identidade. E isso ficou claro quando até a Famitsu deu nota 36/40, chamando o jogo de obra-prima.
O texto da revista japonesa acerta ao dizer que o Expedition 33 respeita as raízes do gênero, mas faz algo novo com elas. Mistura de arte, cultura e narrativa com um escopo ambicioso e uma direção visual que parece coisa de veterano. Mas é só o primeiro jogo do estúdio.
O próprio presidente francês Emmanuel Macron comemorou. Quando o game chegou a 1 milhão de unidades vendidas em três dias, ele publicou que o título era “um exemplo brilhante da ousadia e criatividade francesa”.
E é isso mesmo. Em um momento em que tantos jogos parecem versões recicladas de ideias antigas, Expedition 33 conseguiu algo raro: nasceu grande, mas não soa genérico. Convenceu jogadores e crítica com personalidade, execução e frescor. E ainda por cima foi abraçado por um público que não esperava ver um JRPG de fora do Japão entregar tanto.
Aqui na Bonfire, publicamos um texto com algumas curiosidades sobre o jogo, e o Cauê Bonici fez um review lindo, contando sobre a experiência pessoal dele com o game e explicando por que o título já se tornou um dos jogos da vida dele. Segundo o Cauê, é uma jornada magnífica que merece ser vivenciada por qualquer amante dos videogames.
O sucesso comercial é só um reflexo disso. Porque o verdadeiro feito da Sandfall Interactive foi provar que ainda dá pra surpreender, mesmo em um gênero onde tudo já parecia dito.
