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Unreal Engine 6 Vindo Aí: O Que Tim Sweeney Adiantou Sobre a Próxima Geração

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Com a indústria de games sempre olhando para o futuro, uma notícia movimentou o cenário do desenvolvimento: Tim Sweeney, o chefão da Epic Games, abriu o jogo e deu os primeiros detalhes sobre a Unreal Engine 6. E pelo visto, a próxima geração dessa poderosa ferramenta de criação promete trazer novidades bem interessantes para quem faz e para quem joga.

Atualmente, a Unreal Engine 5 já é uma realidade que impulsiona muitos dos jogos mais bonitos e imersivos que vemos por aí. Com tecnologias como Nanite e Lumen, ela elevou o patamar gráfico a níveis impressionantes, permitindo a criação de ambientes incrivelmente detalhados e iluminados de forma realista. No entanto, o desenvolvimento de uma engine é um processo contínuo, e a Epic Games já está de olho no que virá a seguir.

Segundo Sweeney, em uma conversa recente que repercutiu bastante, a Unreal Engine 6 já está nos planos da empresa e, embora ainda esteja a alguns anos de distância de um lançamento completo – a expectativa é de uma versão prévia talvez em dois ou três anos, ali por 2027 ou 2028 –, algumas das suas direções principais já estão traçadas. A Epic parece estar trabalhando para que a UE6 seja uma evolução natural da UE5, mas com focos importantes que visam simplificar a vida dos desenvolvedores e, consequentemente, melhorar a experiência dos jogadores.

Um dos pontos centrais mencionados por Sweeney é a unificação. Atualmente, o desenvolvimento da Unreal Engine 5 tem alguns caminhos distintos, especialmente quando se leva em conta a versão usada para criar as experiências dentro do próprio Fortnite (o chamado Unreal Editor for Fortnite). A ideia com a Unreal Engine 6 é juntar essas frentes, criando uma base mais coesa e eficiente. Isso, na teoria, facilitaria para que as ferramentas e recursos desenvolvidos cheguem mais rápido e de forma mais integrada para todos que usam a engine, seja para criar jogos tradicionais ou experiências dentro de plataformas como o Fortnite.
Essa unificação também anda de mãos dadas com outro pilar da UE6: a escalabilidade e a compatibilidade. Sweeney destacou o desejo de que a engine permita que os desenvolvedores criem seus jogos uma única vez e consigam lançá-los em diversas plataformas – consoles, PCs e dispositivos móveis – com menos dores de cabeça técnicas. Isso é super importante em um mercado cada vez mais multiplataforma, onde os jogadores esperam ter acesso aos seus títulos favoritos independentemente do aparelho que usam. Melhorar essa compatibilidade significa que veremos jogos de alta qualidade chegando a um público ainda maior, sem que os desenvolvedores precisem refazer grande parte do trabalho para adaptar o game a cada sistema.
Além disso, há um foco em otimizar o desempenho. Mesmo com toda a capacidade da Unreal Engine 5, alguns jogos ainda enfrentam desafios para rodar de forma totalmente fluida em certas configurações. Sweeney indicou que a Unreal Engine 6 deve trazer melhorias significativas nesse quesito, com uma arquitetura que aproveite melhor o poder dos processadores modernos, incluindo suporte aprimorado para multithreading. Isso é fundamental para jogos com mundos abertos vastos e cheios de elementos complexos, onde o processamento de dados e a simulação são intensos. Um desempenho mais otimizado se traduz em taxas de quadros mais estáveis, tempos de carregamento menores e uma experiência geral mais fluida para o jogador.

Outro aspecto que pode ganhar destaque na Unreal Engine 6, embora ainda não tenha sido detalhado por Sweeney na mesma profundidade, é a melhoria na parte de networking. Com o crescimento dos jogos online e a visão de metaversos e experiências massivamente multiplayer, uma engine robusta precisa oferecer ferramentas que facilitem a criação de mundos persistentes e que suportem um grande número de jogadores simultaneamente. Especulações indicam que a Epic pode estar investindo pesado nesse lado, talvez integrando ainda mais a linguagem Verse, que já tem um papel no Fortnite, para permitir a criação de lógicas de jogo complexas e escaláveis para ambientes online.
É importante notar que, pelas falas iniciais, a Unreal Engine 6 parece ser mais uma evolução estratégica e de arquitetura do que uma revolução tecnológica no mesmo nível que foi a transição da UE4 para a UE5 com a chegada do Nanite e do Lumen. Isso não significa que não haverá melhorias visuais, é claro. A cada nova versão, a engine tende a aprimorar seus sistemas de renderização, iluminação e física. Mas o foco inicial parece estar em tornar a ferramenta mais acessível, eficiente e unificada para os criadores.
Para os desenvolvedores, essa notícia é um sinal claro do futuro da principal ferramenta de trabalho para muitos estúdios. A promessa de uma engine mais fácil de usar, mais compatível e com melhor desempenho é música para os ouvidos de quem passa horas criando os mundos virtuais que tanto amamos explorar. Uma engine que reduz a complexidade do desenvolvimento permite que equipes menores consigam criar jogos mais ambiciosos e que estúdios maiores otimizem seus processos.
Para os jogadores, o impacto da Unreal Engine 6 virá na forma de jogos ainda mais polidos, com menos problemas técnicos, gráficos mais consistentes em diferentes plataformas e, potencialmente, experiências online mais robustas e com mais jogadores. Embora os primeiros jogos totalmente desenvolvidos na UE6 ainda estejam distantes – provavelmente chegando junto ou um pouco depois da próxima geração de consoles, que deve pintar lá pelo final da década –, saber que a Epic já está trabalhando nisso gera uma expectativa positiva para o que o futuro nos reserva.
Ainda há muito a ser revelado sobre a Unreal Engine 6, e os detalhes devem surgir aos poucos conforme o desenvolvimento avança. Mas as primeiras informações de Tim Sweeney já dão um bom vislumbre do caminho que a Epic Games pretende seguir: uma engine mais unificada, acessível e poderosa, pronta para os desafios da próxima era dos videogames e das experiências interativas.

Editor do Podcast
Minha jornada gamer começou em 1992 com o Mega Drive, mas o PC se tornou minha casa, especialmente para jogar FPS, RTS e MMORPGs com os amigos. Sou competitivo, mas o que vale é a diversão e as histórias, como as madrugadas em World of Warcraft com minha esposa. Hoje, inspirado por toda essa paixão, estou aprendendo Unreal Engine 5 com o sonho de criar meu próprio jogo.

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