Número cresce, mas um lançamento precoce do PS6 pode minar a confiança na Sony.
Durante uma reunião de negócios da Sony em maio de 2024, a empresa revelou pela primeira vez que o número de jogadores ativos mensalmente no PlayStation 5 ultrapassou o do PlayStation 4. Em 2023, a Sony havia informado que os dois consoles ainda estavam empatados, com cerca de 49 milhões de usuários mensais cada. Agora, mesmo sem divulgar números exatos, um novo slide apresentado pela SIE mostra que o PS5 finalmente assumiu a maior fatia da base ativa.
Somando as duas plataformas, a Sony afirma ter alcançado 124 milhões de usuários mensais, contra os 97 milhões de 2023. Um salto considerável, impulsionado principalmente pelo engajamento crescente no PS5. Segundo Hideaki Nishino, presidente e CEO da SIE, os donos de PS5 gastam mais com jogos e serviços do que em qualquer geração anterior.

Mas o PS4 ainda segue sendo tratado com carinho pela empresa, que por mais que indícios mostrem o contrario, disse que vai manter o compromisso em continuar atendendo os jogadores da geração passada.
O próprio Nishino admitiu que há “grande interesse” na estratégia da próxima geração. Ele não deu detalhes, mas deixou claro que o foco agora é explorar novas formas de engajamento com os jogadores, o que mostra que o PS6 já está a caminho.
E é aí que começa a controvérsia. Porque, por mais que o PS5 esteja vendendo bem e tenha uma base sólida, a verdade é que o console ainda não entregou tudo o que prometia. Muitos dos grandes jogos anunciados continuam em desenvolvimento, os exclusivos realmente marcantes ainda são poucos, e boa parte da biblioteca relevante segue crossgen. Fica difícil justificar o fim de geração quando ela parece nem ter começado de verdade.
Anunciar o PS6 com tanta coisa pendente pode acabar decepcionando quem apostou no PS5 e ainda abrir espaço para a concorrência. A Game Pass está mais forte do que nunca, com um ecossistema que não depende de salto geracional. Se a Sony vacilar no timing, é bem possível que parte do seu público resolva trocar de lado na próxima geração.
Se o PS6 vier cedo demais, a Sony corre o risco de transformar uma vantagem em desgaste e deixar a sensação de que essa geração não inovou em nada.