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Pete Parsons deixa a Bungie e Justin Truman assume como novo CEO

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Sucessor já chega cercado por polêmicas e pressão da comunidade de Destiny 2.

Pete Parsons, CEO da Bungie desde 2016, anunciou que está deixando o estúdio após quase uma década no comando. O executivo, que entrou na empresa em 2002 e foi produtor executivo de Halo 2 e Halo 3, disse em sua carta de despedida:

“Depois de mais de duas décadas ajudando a construir este estúdio incrível… decidi passar o bastão…”

Parsons foi peça central em diferentes momentos da Bungie, da era Halo à criação de Destiny e, mais recentemente, à aquisição pela Sony. Segundo ele, a decisão marca o fim de um ciclo: “Essa jornada foi a honra de uma vida… tenho o privilégio de ter tido a oportunidade de trabalhar ao lado das mentes incríveis da Bungie.”

Quem assume o posto é Justin Truman, até então diretor de desenvolvimento-chefe. Veterano dentro de Destiny 2, Truman se tornou uma das vozes mais conhecidas na comunicação do estúdio com a comunidade, ocupando cargos de liderança no projeto por anos.

A nomeação dele, no entanto, não é livre de polêmicas. Truman ficou conhecido por uma fala durante a GDC 2022, em uma palestra sobre o modelo de live service da Bungie. No evento, ele disse:

“É DIFÍCIL dizer a uma equipe que tem tempo extra, energia e quer fazer algo incrível… que não devemos lançar isso, porque seria uma entrega além do combinado que vai nos preparar para fracassar nas próximas entregas.”

Ele tentava explicar que entregar conteúdo além do planejado em uma temporada poderia comprometer as entregas seguintes. Mas o trecho, que viralizou na época em sites como o PCGamesN, foi recebido pela comunidade como prova de que a Bungie estaria “segurando conteúdo” de propósito. Hoje, quase quatro anos depois, fica evidente que foi exatamente isso que aconteceu.

No submundo do Reddit e do Twitter, a fala rapidamente virou piada recorrente e até hoje é lembrada como exemplo da frustração dos jogadores com a cadência de Destiny 2.

Truman assume a Bungie em um momento delicado. Além de lidar com uma comunidade de Destiny cada vez mais impaciente por mudanças rápidas e transparência sobre o futuro da franquia, o estúdio também concentra esforços no Marathon, reboot do clássico multiplayer dos anos 90. O título estava previsto para 23 de setembro, mas foi adiado em junho sob a justificativa de “mais tempo de refinamento e testes”. A Bonfire participou da Alpha fechada e a impressão não foi nada positiva.

Em sua primeira mensagem como CEO, Truman tentou adotar um tom conciliador:

“Estou comprometido em apoiar e trabalhar ao lado de cada membro da equipe… Estamos trabalhando duro neste momento… tanto em Marathon quanto em Destiny… teremos mais para mostrar ainda este ano.”

A mudança de comando coloca a Bungie em uma encruzilhada. Se Pete Parsons deixa o estúdio como o líder que consolidou a transição para o live service e negociou a venda para a Sony, Justin Truman chega como o executivo que precisa provar que consegue equilibrar sustentabilidade de produção e a pressão da comunidade.

E é justamente a sua fala mais lembrada, o aviso contra “entregar demais”, que pode ser usada como termômetro da sua gestão.

Idealizador e Produtor de Conteúdo
Olá, eu sou o Johann, mas pode me chamar de Heroutz. Sou um criador de histórias apaixonado por games, especialmente Pokémon, Zelda e RPGs de turno. Essa paixão pelos games é uma herança de família, que recebi do meu pai e hoje compartilho com a minha filha. Acredito que os jogos contam as melhores histórias da nossa geração e, quando não estou pensando em alguma teoria, provavelmente estou em Destiny 2, questionando as decisões da Bungie.

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