A Nintendo venceu mais uma na briga contra a pirataria. A Suprema Corte Francesa determinou que a Dstorage SAS, dona da plataforma 1fichier.com, é responsável por não remover cópias ilegais de jogos da empresa e terá que pagar €442.750 em indenização, além de €27.000 em despesas legais.
A decisão já havia sido tomada pela Corte de Apelação de Paris em abril de 2023, mas a Dstorage tentou recorrer. Agora, com a confirmação da Cour de Cassation (Tribunal de Cassação), não há mais para onde correr.
Isso muda o jogo para qualquer serviço de hospedagem na França e na União Europeia. Plataformas que não removerem conteúdos ilegais assim que forem notificadas pelos detentores dos direitos serão responsabilizadas legalmente e poderão ser multadas.
A Nintendo celebrou a vitória, afirmando que a decisão protege a indústria como um todo e cria um precedente importante. Agora, sites não poderão mais alegar que precisam de uma ordem judicial para remover arquivos ilegais.
E essa não foi a única pancada que a Dstorage levou. Em janeiro de 2025, um banco francês cortou os serviços de pagamento da empresa, alegando que ela não tomou medidas suficientes contra a pirataria.
A briga da Nintendo contra piratas e emuladores vem de longe. No ano passado, a empresa processou os desenvolvedores do emulador Yuzu, acusando-os de facilitar a pirataria de The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, que teve mais de 1 milhão de downloads ilegais antes do lançamento.
O emulador Ryujinx também entrou na mira. Após um acordo extrajudicial com a Nintendo, o próprio desenvolvedor decidiu encerrar o projeto e remover todos os arquivos do emulador.
Com essa decisão na França, hospedar jogos piratas ficou muito mais arriscado. Agora, não basta só apagar os arquivos quando a situação aperta—as empresas terão que agir rápido ou encarar o peso da justiça.
Cour de cassation (France)
