Lies of P teve sua primeira DLC, denominada Overture (Abertura), lançada recentemente no dia seis de junho de 2025, para PC, Xbox One e Series, PS4 e PS5. E, assim como o nome diz, somos introduzidos, ou melhor, transportados, para uma Krat pré-colapso, onde, durante um rigoroso e congelante inverno, testemunhamos os eventos antecedentes ao do jogo base, como, por exemplo, o início da praga divina, que, aqui na DLC, já começa a se alastrar nos seres vivos, mas ainda não de forma definitiva.
Somos apresentados a “novos personagens”, que são somente citados no jogo original, como, por exemplo, o espreitador (stalker / perseguidor, caçador) Alidoro, sempre relembrado por textos ou diálogos de outros NPCs no jogo base. Isso também serve para alguns chefes. Mesmo se tratando de um prelúdio, a DLC tem todos os elementos do jogo original, mas agora sob a forte influência do inverno.


A DLC segue o padrão do jogo base, com gráficos muito bem trabalhados, assim como a excelente iluminação, que acrescenta demais ao ambiente melancólico, com um toque artístico e sofisticado, mas corrompido pela praga que começa a afligir os humanos e animais, e pelo descontrole dos títeres mecânicos. Passamos de um zoológico abandonado por feras até uma mina subterrânea controlada por robôs sencientes. Joguei no Series X e não tive problemas com bugs visuais do início ao fim do jogo.


A trilha sonora continua impecável, com músicas compostas por artistas originais, que dão um tom ainda maior de melancolia ao que a história propõe. Os discos colecionáveis, assim como no jogo base, continuam presentes, sendo adquiridos pelo jogador através de quests ou vendedores em pontos específicos. Vale muito a pena ir atrás de todos, pois todas as músicas são incríveis.
A jogabilidade é um ponto onde, possivelmente, a DLC vai dividir opiniões: a dificuldade. O conteúdo é liberado após você zerar pelo menos uma vez o jogo base e, no New Game Plus, chegar até o capítulo nove novamente. E, mesmo com a Neowiz tendo introduzido o polêmico sistema de seleção de dificuldade, não se iluda, você ainda terá certo trabalho em algumas situações.
Assim como foi o meu caso (zerei a DLC na última dificuldade, chamada “Espreitador Lendário”, e com o aditivo de quatro New Game Plus, que escalam ainda mais nesse fator), você passará por momentos de total desafio, onde um simples inimigo comum da área pode te matar com um hit.
Os controles são bons, os comandos respondem até que bem rápido às ações e, após correções que foram feitas anteriormente no jogo base, o sistema de parry e esquiva está muito melhor e mais confiável de ser executado, mas a dificuldade pode ser relativa de jogador para jogador, mas vale reforço aqui: no geral, prepare-se para um desafio alto.

Apesar de ser um conteúdo muito divertido e bem trabalhado, essa DLC é do tipo que, pelo menos para uma boa parte dos jogadores, ao ser zerada, não irá propor ou atrair para um fator replay, até mesmo para a platina (100%), pois isso é possível ser feito em uma jogatina. Mas, mesmo assim, apesar de curta, de 15 a 20 horas no geral ou 25 caso busque o 100% (levei trinta, muito pelo fator dificuldade em alguns chefes), Lies of P: Overture traz a nós, amantes do gênero soulslike (como este que lhes escreve), ou até mesmo para quem curte um bom action RPG, uma boa dose de diversão, emoção e desafio.
Nota: 🔥🔥🔥🔥🧯
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