Hideo Kojima nunca escondeu que seu coração bate forte pelo cinema. Desde criança, ele foi criado em um lar onde filmes eram quase um ritual diário, assistindo a clássicos com seus pais. Essa paixão transparece em seus jogos, que frequentemente homenageiam o cinema com narrativas complexas e estética cinematográfica.
Agora, aos 60 anos, Kojima começa a falar alto sobre o que muita gente já imaginava. A vontade de dirigir um filme. Em entrevista à revista francesa Le Film Français, ele comentou que ainda vai levar uns cinco ou seis anos para concluir o Physint, seu novo projeto com a PlayStation Studios. E quando terminar, talvez finalmente decida se dedicar ao cinema.
“Além de Death Stranding 2, Physint está em desenvolvimento. Isso vai me tomar mais uns cinco ou seis anos. Talvez depois disso eu finalmente decida me dedicar a um filme. Cresci com o cinema. Dirigir seria uma espécie de homenagem. Além disso, estou envelhecendo e preferiria fazer isso enquanto ainda sou jovem.”
A trajetória de Kojima sempre foi marcada por essa interseção entre jogos e cinema. Seus jogos, como Metal Gear Solid e Death Stranding, são conhecidos por suas longas cutscenes e narrativas complexas, características que refletem sua admiração por diretores como Stanley Kubrick e Ridley Scott. Em seu livro The Creative Gene, ele fala em como filmes influenciaram na sua abordagem criativa.
Com Physint, Kojima promete um retorno ao gênero de espionagem, agora com o suporte direto da PlayStation Studios. Enquanto isso, Death Stranding 2 está previsto para 2025, e a adaptação cinematográfica do primeiro jogo está sendo produzida pela A24.
Aos 60 anos, Kojima parece estar refletindo sobre seu legado e considerando novos caminhos. Seu desejo de dirigir um filme não é apenas uma mudança de mídia, mas uma continuação natural de sua jornada criativa, onde os limites entre jogos e cinema continuam a se fundir.
