Mais uma vitória da Nintendo na luta contra cópias ilegais e emuladores.
O FBI fechou nesta semana um dos sites mais populares dedicados à pirataria de jogos do Nintendo Switch, encerrando oficialmente suas atividades com base em um mandado emitido pelo Tribunal Distrital do Norte da Geórgia. O domínio, que hospedava milhares de versões ilegais de jogos da plataforma, agora exibe uma página oficial de apreensão federal pelo governo dos EUA.
O endereço já estava sob vigilância internacional desde o início de 2024, constando na lista de observação de pirataria digital da União Europeia. A operação representa mais um esforço coordenado para conter a pirataria que vem afetando a plataforma desde o seu lançamento, em 2017.
O Switch é amplamente reconhecido como o console moderno mais exposto à pirataria. Mesmo com revisões de hardware e atualizações de segurança implementadas ao longo dos anos, a Nintendo nunca conseguiu eliminar totalmente o problema. Nas semanas anteriores a grandes lançamentos, era comum encontrar vídeos no TikTok e YouTube com gameplay de versões piratas obtidas de cópias vazadas, tudo antes do lançamento oficial.
A Nintendo vem investindo pesadamente em ações legais para proteger sua propriedade intelectual. Um dos episódios mais emblemáticos foi em 2023, quando processou os desenvolvedores do emulador Yuzu, acusando eles de “facilitar a pirataria em escala colossal”. O processo terminou com um acordo judicial com a equipe do Tropic Haze aceitando pagar US$ 2,4 milhões em indenização e encerrar o desenvolvimento do Yuzu. Pouco depois, o Citra, emulador de 3DS mantido pelo mesmo grupo, também foi descontinuado.
Por enquanto, o Nintendo Switch 2, lançado recentemente, ainda não enfrenta o mesmo nível de vulnerabilidade. A Nintendo não comentou oficialmente sobre a apreensão do site, mas segue ativa em sua política de tolerância zero contra a pirataria e o uso de emuladores que possibilitem o acesso não autorizado aos jogos.
Essa última ação do FBI mostra que, mesmo após anos de combate, a pirataria ainda é um problema real para a Nintendo, mas também deixa claro que a empresa e autoridades federais de diversos países estão cada vez mais agressivas no enfrentamento ao mercado ilegal. Os próximos meses devem indicar se o Switch 2 conseguirá manter a vantagem no controle de segurança ou se novos desafios surgirão à medida que a base instalada crescer.
