A Eidos Montréal anunciou nesta segunda-feira (31) a demissão de 75 funcionários, alegando não ter como realocá-los após o encerramento de um de seus projetos em andamento. O comunicado, publicado no LinkedIn do estúdio, reforça que a decisão não tem relação com a competência dos profissionais desligados, mas sim com a impossibilidade de absorvê-los em outros projetos ou serviços ativos.
Esta é a segunda rodada de cortes na Eidos em pouco mais de um ano. Em janeiro de 2024, o estúdio já havia dispensado 97 funcionários após o cancelamento de um novo jogo da franquia Deus Ex, que sequer havia sido anunciado publicamente. Na época, a justificativa apontava para o contexto econômico global e os efeitos da reestruturação em curso dentro do grupo sueco Embracer, que comprou a Eidos Montréal em 2022 junto com a Crystal Dynamics e outras IPs da Square Enix.
O grupo Embracer vem promovendo uma série de cortes e mudanças desde que um acordo de investimento bilionário fracassou em 2023. Estúdios como Volition, Free Radical Design e Campfire Cabal foram fechados, enquanto a Gearbox, criadora do Borderlands, foi vendida recentemente para a Take-Two por US$ 460 milhões. A própria Eidos, apesar de ainda estar envolvida no desenvolvimento de Fable como estúdio de apoio à Playground Games, não confirmou se o projeto encerrado está relacionado a essa colaboração.
Em meio à crise, a indústria dos games já soma milhares de demissões desde o início de 2023, atingindo tanto estúdios menores quanto grandes nomes consolidados. O caso da Eidos Montréal escancara o impacto dessas reestruturações até mesmo em equipes com projetos ativos e trajetória de sucesso.
