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Dragon Age: The Veilguard – O mais do mesmo, às vezes é bom

Dragon Age: The Veilguard é uma jornada épica que me cativou desde o primeiro momento. Lançado em 31 de outubro por R$ 350 no Brasil, para PC, PS5 e Xbox Series X|S, este novo capítulo da renomada franquia da BioWare me envolveu em uma narrativa rica e complexa que se desenrolou ao longo de mais de 100 horas de jogo.

A história de The Veilguard é um tapete ricamente tecido de intrigas, conflitos e escolhas difíceis. Cada decisão que tomei ecoou pelo mundo de Thedas, moldando não apenas o destino das cidades, mas também as vidas dos personagens que conheci ao longo do caminho. É neste aspecto que o jogo realmente brilha – na profundidade e complexidade de seus personagens.

Lucanis, o assassino dos Corvos Antivanos, rapidamente se tornou um dos meus favoritos. Seu charme latino e natureza sedutora contrastam fascinantemente com sua profissão letal. Mas é nos momentos quietos, quando ele fala de sua família e seu passado, que realmente senti a profundidade de seu personagem. Seus conflitos internos entre dever e desejo adicionam camadas de complexidade que me fizeram ansiar por cada interação com ele.

Neve, por outro lado, é uma presença mais austera. Como maga de gelo dos Dragões das Sombras, sua dureza é compreensível, considerando sua trajetória difícil. No entanto, à medida que nossa relação se aprofundou, pude vislumbrar momentos de vulnerabilidade que tornaram sua personagem ainda mais intrigante.

Tash, a Qunari caçadora de dragões, me surpreendeu com a profundidade de seus conflitos. Suas lutas internas, somadas aos conflitos familiares, criaram um arco de personagem verdadeiramente cativante. Observá-la navegar entre seu dever como caçadora e seus próprios desejos e crenças foi uma das experiências mais gratificantes do jogo.

E como não falar de Lace Harding? Sua presença familiar trouxe um sorriso ao meu rosto toda vez que a encontrei. Ela é o elo perfeito entre os jogos anteriores e esta nova aventura. Seu humor leve e personalidade calorosa são um bálsamo nos momentos mais sombrios, embora suas próprias complicações pessoais a tornem muito mais do que apenas um rosto amigável.

O combate em The Veilguard é uma dança emocionante de estratégia e ação. As habilidades bem elaboradas, especialmente para os magos, tornaram cada encontro uma oportunidade de experimentação e criatividade. Confesso que me peguei ansioso para cada batalha, ansioso para testar novas combinações e táticas, principalmente para jogar inimigos do cenário.

Visualmente, o jogo é um festim para os olhos. Os ambientes vastos e detalhados me convidaram a explorar cada canto, cada ruína antiga e floresta misteriosa. A direção de arte captura perfeitamente a essência de Dragon Age, mesclando o familiar com o novo de maneira impressionante.

A trilha sonora, embora não alcance o status icônico de Skyrim, é muito satisfatória. Ela complementa perfeitamente os momentos dramáticos e as batalhas intensas, elevando a experiência geral do jogo.

Não posso deixar de mencionar algumas pequenas frustrações. A interface de customização de armaduras poderia ser mais intuitiva, e há uma abundância de itens que, infelizmente, carecem de utilidade prática. No entanto, essas são pequenas manchas em uma tela de outra forma magnífica.

Dragon Age: The Veilguard é uma experiência imersiva que ficará comigo por muito tempo. A profundidade da narrativa, a riqueza dos personagens e a complexidade do mundo criado pela BioWare me deixaram completamente envolvido. Apesar de algumas imperfeições, a jornada de mais de 100 horas que experimentei foi repleta de momentos emocionantes, decisões impactantes e encontros memoráveis.

Para mim, The Veilguard é uma adição digna à franquia Dragon Age; e um testemunho do poder dos RPGs de nos transportar para mundos fantásticos e nos fazer sentir parte de algo maior, por mais que eu gostaria de ter sido um pouco mais relevante como protagonista. Veilguard é um jogo que recomendo de coração para qualquer fã de RPGs ou para aqueles que buscam uma experiência narrativa profunda e envolvente.

NOTA 3,8 DE 5

editor
Minha jornada começou no Nintendo 64 e hoje sou um jogador eclético, que vai de blockbusters a indies em várias plataformas. Como assinante do Game Pass desde o início, adoro explorar novos títulos, especialmente jogos cooperativos com minha esposa. Com uma formação em Paleontologia e atuando na educação, hoje produzo conteúdo sobre games, enxergando-os como arte, conexão e uma ferramenta para contar histórias.

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