Koshi Nakanishi afirma que parte do público não conseguiu jogar o sétimo título.
A Capcom confirmou que o Resident Evil Requiem, nono jogo da série principal, vai ser lançado em 27 de fevereiro de 2026 para PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC. O título marca o retorno da direção do Koshi Nakanishi, responsável pelo Resident Evil 7: Biohazard (2017), capítulo que introduziu pela primeira vez a perspectiva em primeira pessoa na franquia.
Enquanto Resident Evil 4, 5 e 6 seguiam a fórmula clássica em terceira pessoa, RE7 mudou completamente a experiência, apostando na imersão da câmera em primeira pessoa, algo que dividiu a comunidade do game. Então agora, o novo jogo busca equilibrar as duas abordagens, permitindo ao jogador escolher entre primeira e terceira pessoa a qualquer momento.
A história será protagonizada pela Grace Ashcroft, uma analista do FBI que chega a Raccoon City 30 anos após o bombardeio que marcou os eventos do aclamado Resident Evil 3. Grace não tem experiência em combate, e a campanha mostrará sua evolução em técnicas de sobrevivência ao longo da jornada.

Em entrevista ao site GamesRadar, Nakanishi explicou a decisão de oferecer as duas perspectivas e reconheceu que a intensidade de Resident Evil 7 afastou parte do público:
“Ao olhar para trás, implementei a câmera em primeira pessoa como forma de deixar o jogo mais imersivo e assustador do que nunca. A maioria dos jogadores e da mídia concordou que foi um dos jogos mais assustadores da série, talvez até assustador demais.”
Segundo ele, muitos jogadores não conseguiram terminar, ou sequer começar, o sétimo título:
“Algumas pessoas simplesmente não aguentaram. Isso me fez pensar que eu precisava garantir que mais pessoas pudessem aproveitar este novo jogo.”
Por isso, Requiem vai permitir alternar para a terceira pessoa como forma de aliviar a experiência:
“Se você começar em primeira pessoa e achar intenso demais, pode mudar para a terceira. Ver o personagem na tela funciona como um avatar, cria uma distância maior e torna o horror mais fácil de lidar.”
Com isso, Resident Evil Requiem busca juntar as duas identidades da franquia: a tensão em primeira pessoa de RE7 e a câmera em terceira que marcou os jogos anteriores. Para a Capcom, é uma forma de responder às críticas de que o sétimo capítulo foi intenso demais para parte do público. Já eu, confesso, sinto falta do tempo em que o jogador encarava o desafio sem reclamar de cada detalhe.
Confira o trailer do Resident Evil Requiem abaixo: