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Bungie volta a ser acusada de plágio, agora com artes usadas no Marathon

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A Bungie se meteu em mais uma polêmica envolvendo uso indevido de arte, e, dessa vez, a acusação veio direto de um designer que alega que o novo Marathon copiou o trabalho que ele publicou em 2017. E essa não é a primeira vez. A empresa já foi processada por plágio envolvendo Destiny 2, e até reconheceu que usou arte de fã em uma cutscene sem permissão.
O artista conhecido como N² publicou imagens comparando os pôsteres que criou há sete anos com materiais promocionais e imagens in-game do novo Marathon. As semelhanças são quase exatas e vão desde fontes, ícones, layouts e enquadramentos. Em um dos casos, a palavra “ALEPH” aparece com o mesmo estilo visual nos dois materiais. Outro mostra setas e elementos gráficos que foram praticamente copiados e colados.

A Bungie, é claro, não é obrigada a me contratar ao fazer um jogo que claramente se baseia no mesmo estilo visual que venho refinando há mais de uma década, mas pelo visto meu trabalho foi bom o suficiente para ser roubado em busca de ideias e espalhado por todo o jogo, sem pagamento ou crédito.”, desabafou N². Ele diz que não tem como processar a Bungie, mas está cansado de ver grandes estúdios “parasitando” artistas independentes.


A comunidade também levantou outra possibilidade. Parte da identidade visual do Marathon pode ter vindo de uma empresa terceirizada. O próprio Joseph Cross, um dos principais designers da Bungie, contou que a agência sueca Kurppa Hosk trabalhou no projeto desde o começo. O que levanta a dúvida: será que faltou supervisão? Ou foi só aquela “inspiração” que passou um pouco do limite?

Mas esse não é um caso isolado.
A Bungie também enfrenta um processo judicial movido pelo escritor Matthew Kelsey Martineau, que alega que a campanha original de Destiny 2, chamada de A Guerra Vermelha, e a expansão A Maldição de Osíris copiaram elementos de uma obra que ele publicou em um blog anos antes do lançamento do jogo. E o problema ficou ainda pior quando a empresa tentou se defender usando vídeos de gameplay feitos por fãs e páginas de wiki como “prova”, já que a campanha original foi arquivada no chamado “Cofre de Conteúdo”. A juíza do caso rejeitou o material. Agora a Bungie vai ter que provar, de outras formas, que não copiou a ideia do autor.
Em 2023, durante a Temporada das Profundezas, uma das cutscenes mais importantes da história de Destiny 2 revelou a origem da Testemunha, o principal vilão da saga Luz e Treva. Mas depois do hype, o que chamou atenção na cena foi uma imagem que lembrava demais a arte “The Veil of Darkness”, criada pelo Julian Faylona em 2020. A semelhança era evidente, e a própria Bungie admitiu que o material foi usado sem autorização por um fornecedor externo. Depois da repercussão, a empresa entrou em contato com o artista, pediu desculpas e ofereceu compensação.

“The Veil of Darkness” de Julian Faylona / Cutscene Destiny 2 Temporada das Profundezas

Três casos diferentes, todos dentro de poucos anos. A Bungie tem uma história respeitada na indústria. Mas também tem acumulado decisões que desgastam essa reputação. O problema vai além da falta de supervisão, são falhas de cuidado, de ética e de respeito com a comunidade criativa.
E tudo isso enquanto Marathon, que é a grande aposta da empresa, já começa cercado de desconfiança, tanto pela arte quanto pela recepção morna da proposta como jogo como serviço. O que deveria ser um novo começo pode acabar virando mais uma dor de cabeça.
Destiny 2 está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S e PC.

Idealizador e Produtor de Conteúdo
Olá, eu sou o Johann, mas pode me chamar de Heroutz. Sou um criador de histórias apaixonado por games, especialmente Pokémon, Zelda e RPGs de turno. Essa paixão pelos games é uma herança de família, que recebi do meu pai e hoje compartilho com a minha filha. Acredito que os jogos contam as melhores histórias da nossa geração e, quando não estou pensando em alguma teoria, provavelmente estou em Destiny 2, questionando as decisões da Bungie.

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