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Battlefield 6 mostra que o Series S não atrasa a indústria

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Desafio de otimização virou ganho de performance e mostra que o verdadeiro problema está nos prazos, não no hardware.

Anunciado para 10 de outubro de 2025, Battlefield 6 chega com a missão de agradar uma comunidade e a mim que exige não só conteúdo robusto, mas também estabilidade técnica, algo que, segundo a própria DICE, foi um desafio maior do que se imaginava.

Assim como todos os jogos da linha Xbox, o título é obrigado a rodar tanto no Series X quanto no Series S. E foi justamente o modelo mais barato da Microsoft que colocou a equipe contra a parede. O Series S tem menos memória até do que um PC intermediário, e isso causou travamentos graves em diversos cenários durante o desenvolvimento. Christian Buhl, diretor técnico da EA/DICE, disse que entre seis e doze meses atrás “muitos mapas simplesmente quebravam” no console de entrada.

A solução exigiu um trabalho minucioso de otimização de memória. Foram semanas de testes e coleta de dados em todos os mapas até que, depois de um a dois meses de ajustes, o problema fosse finalmente controlado. O resultado, de acordo com Buhl, não só estabilizou o jogo no Series S, como também trouxe ganhos gerais de performance em todas as versões. Hoje, o estúdio garante que Battlefield 6 roda de forma “super sólida” a 60 quadros por segundo estáveis no console menos potente da Microsoft.

Battlefield 6 também joga luz em um debate que já se arrasta há anos: afinal, o Xbox Series S atrasa a indústria? Para muitos jogadores e até alguns analistas, a obrigação de lançar todo jogo em duas versões, uma mais parruda e outra mais limitada em hardware, seria um freio na ambição técnica dos estúdios. Mas olhando para os relatos da própria DICE, essa narrativa me parece rasa e superficial.

O que a equipe mostrou é que, sim, otimizar para o Series S deu trabalho. Mas, ao fim, o esforço melhorou o desempenho de todas as versões do jogo. Ou seja, a existência do Series S não impediu Battlefield 6 de rodar de forma sólida, pelo contrário, forçou o estúdio a trabalhar melhor sua memória e entregar um produto mais estável.

Na minha visão, o verdadeiro gargalo da indústria não é o Series S. O que atrasa os jogos são prazos cada vez mais curtos, equipes pressionadas por lançamentos anuais e a falta de tempo para refinar o que é feito. Quando sobra tempo, o resultado aparece, como vimos nesse caso. Mas quando não há espaço para otimização, temos lançamentos quebrados, patches emergenciais e comunidades frustradas.

O problema está no cronograma apertado e no modelo de gestão que privilegia datas em vez de qualidade. E esse, sim, é o maior entrave para que a indústria evolua. Com mapas, modos e desafios já revelados, a expectativa é de que a DICE tenha encontrado o equilíbrio que faltou no lançamento desastroso do Battlefield 2042. A beta aberta, realizado semanas atrás, mostrou que a promessa de estabilidade parece ter fundamento.

Idealizador e Produtor de Conteúdo
Olá, eu sou o Johann, mas pode me chamar de Heroutz. Sou um criador de histórias apaixonado por games, especialmente Pokémon, Zelda e RPGs de turno. Essa paixão pelos games é uma herança de família, que recebi do meu pai e hoje compartilho com a minha filha. Acredito que os jogos contam as melhores histórias da nossa geração e, quando não estou pensando em alguma teoria, provavelmente estou em Destiny 2, questionando as decisões da Bungie.

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