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Battlefield 6: Análise do Multiplayer e o Promissor Retorno às Origens

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A espera acabou. Após uma longa expectativa, a EA e a recém-formada Battlefield Studios (uma força-tarefa que une DICE, Criterion, Motive e Ripple Effect) finalmente revelaram o gameplay multiplayer de Battlefield 6 em um evento global no dia de hoje, 31 de julho de 2025. Depois da recepção mista de Battlefield 2042, a promessa era clara: resgatar a essência da “guerra total” que consagrou a franquia. E, a julgar pelas primeiras impressões, a série está no caminho certo para reconquistar seu lugar de destaque.

A revelação foi mais do que uma simples demonstração; foi uma declaração de intenções. Com Vince Zampella (uma figura lendária no gênero de FPS) agora no comando da franquia , a estratégia é voltar para o que os fãs mais amam: um combate militar moderno, realista e em grande escala, com forte inspiração em clássicos como Battlefield 3 e 4, e a amada destruição da série Bad Company. A mensagem para a comunidade é direta: “Nós ouvimos vocês”.

Uma das mudanças mais celebradas é o retorno do sistema de classes tradicional, abandonando os controversos Especialistas de Battlefield 2042. Os jogadores voltarão a escolher entre as icônicas funções de Assalto, Engenheiro, Suporte e Reconhecimento. Embora o jogo adote um sistema de “armas abertas”, permitindo que qualquer classe use qualquer armamento, a identidade de cada uma será definida por seus gadgets e habilidades únicas, que estão “mais poderosos e essenciais do que nunca”. O objetivo é claro: incentivar a sinergia e o trabalho em equipe, onde um Engenheiro é vital para cuidar dos veículos e um Suporte pode arrastar aliados caídos para um local seguro antes de reanimá-los.

A destruição, marca registrada da série, retorna em grande estilo e mais inteligente. A grande novidade é que ela agora é “determinística”, ou seja, previsível. Em vez de desabamentos aleatórios, estruturas específicas cederão de maneiras consistentes quando atingidas por força suficiente. Isso transforma a destruição de um mero espetáculo visual em uma ferramenta tática, permitindo que os jogadores criem novas rotas, flanqueiem inimigos e alterem o campo de batalha de forma estratégica.

Para complementar, Battlefield 6 introduz o “Sistema de Combate Cinestésico”, que aprimora a movimentação e o manuseio das armas, prometendo uma mobilidade muito maior. Entre as novidades estão:

Arrastar e Reviver: A capacidade de arrastar companheiros de equipe abatidos para fora da linha de fogo antes de revivê-los em segurança.

Montar Armas: Apoiar sua arma em superfícies para aumentar a estabilidade e reduzir o recuo.

Pegar Carona: Agarrar-se na lateral de veículos, como tanques, quando todos os assentos estiverem ocupados.

Rolamento de Combate: Uma manobra para mitigar o dano de quedas.

Battlefield 6 será lançado com um pacote robusto de conteúdo, incluindo nove mapas inéditos que levarão os jogadores a locais variados ao redor do mundo, como as ruas de Brooklyn, os desertos do Egito e a região montanhosa do Tajiquistão. Cada mapa foi projetado com “múltiplas zonas de combate” adaptadas para diferentes modos de jogo, garantindo que a experiência seja otimizada tanto para infantaria quanto para veículos. Para a alegria dos veteranos, Operation Firestorm, o aclamado mapa de Battlefield 3, retornará em uma versão refeita.

Respondendo diretamente ao feedback dos jogadores sobre os mapas de Battlefield 2042 , o jogo focará em lobbies de 64 jogadores como a experiência padrão, buscando combates mais concentrados e táticos. Modos clássicos como Conquest, Rush, Breakthrough, Team Deathmatch e Domination estarão todos disponíveis desde o primeiro dia.

O Battlefield Portal, a plataforma de criação de conteúdo, também está de volta em uma versão “totalmente nova e aprimorada”. Descrito como mais poderoso e simplificado, ele se assemelha ao modo Forge de Halo, oferecendo ferramentas avançadas para que a comunidade possa criar e compartilhar suas próprias experiências de jogo. Além disso, rumores sobre um modo Battle Royale, possivelmente integrado aos Battlefield Labs, foram sugeridos durante o evento.

A reação da comunidade ao trailer foi extremamente positiva. Muitos fãs sentem que o jogo se parece com uma “sequência natural de Battlefield V” e captura a essência dos títulos clássicos da série. No entanto, o otimismo vem acompanhado de uma cautela saudável. Depois das decepções passadas, a atitude predominante é de “esperar para ver”. A EA e a DICE conseguiram gerar um hype imenso, mas a prova final virá com o beta e o lançamento.

Marque na agenda: Battlefield 6 será lançado globalmente em 10 de outubro. O jogo será exclusivo para a nova geração de consoles e PC, estando disponível para PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC (via Steam, EA App e Epic Games Store). A decisão de abandonar os consoles da geração anterior (PS4 e Xbox One) permite que os desenvolvedores foquem em extrair o máximo de desempenho do hardware moderno, sem comprometer a escala, os gráficos ou as mecânicas avançadas.

Para que todos possam experimentar o jogo antecipadamente, a EA planeja o “maior Beta Aberto de todos os tempos” da franquia, que acontecerá em agosto durante dois finais de semana:

Acesso Antecipado (Membros do Battlefield Labs): 7 a 8 de agosto.

Beta Aberto (Fim de Semana 1): 9 a 10 de agosto.

Beta Aberto (Fim de Semana 2): 14 a 17 de agosto.

Battlefield 6 se apresenta como um ponto de virada decisivo para a franquia. Com um foco renovado na jogabilidade clássica, na destruição tática e no trabalho em equipe, o jogo não está apenas buscando corrigir os erros de seu antecessor, mas também se posicionando para competir diretamente com outros gigantes do mercado. O lançamento robusto, o Battlefield Portal aprimorado e o compromisso com o feedback da comunidade indicam um futuro construído para durar.

Mais do que um novo título, a EA sugere que Battlefield 6 é o início de um “universo Battlefield conectado”, uma base para futuras experiências imersivas. O sucesso deste lançamento é crucial e irá, sem dúvida, definir os rumos da guerra total nos próximos anos.

Editor do Podcast
Minha jornada gamer começou em 1992 com o Mega Drive, mas o PC se tornou minha casa, especialmente para jogar FPS, RTS e MMORPGs com os amigos. Sou competitivo, mas o que vale é a diversão e as histórias, como as madrugadas em World of Warcraft com minha esposa. Hoje, inspirado por toda essa paixão, estou aprendendo Unreal Engine 5 com o sonho de criar meu próprio jogo.

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