Para quem acompanha de perto a indústria dos games, a notícia de que a Bloober Team faria o remake do Silent Hill 1 não foi nenhuma surpresa. Era a aposta mais óbvia e esperada da Konami.
A notícia veio discretamente durante a apresentação digital da Konami nesta quinta-feira. Sem trailer ou gameplay, com apenas os logos da empresa e do estúdio polonês ao lado do nome do jogo, com um “em desenvolvimento” . Um comunicado veio depois, só para confirmar o que quase todo mundo já sabia: o clássico de terror de 1999, lançado no primeiro PlayStation e que os millennials e os Gen X são muito fãs, está sendo refeito.
A decisão com certeza foi feita com base no sucesso do remake do Silent Hill 2 lançado pela mesma Bloober Team no ano passado. A própria desenvolvedora já tinha dito que a “confiança” gerada pelo sucesso do jogo foi o que selou um novo acordo com a Konami no começo deste ano. Faltava só descobrir qual seria o projeto.
Piotr Babieno, CEO da Bloober Team, seguiu o script: disse que a parceria com a Konami tem sido “incrivelmente proveitosa” e que “ainda não pode revelar muitos detalhes”.
Mas a verdadeira razão pra Konami dobrar a aposta na Bloober está nos números. O remake de Silent Hill 2 ficou com notas entre 86 e 87 no Metacritic, o que é um resultado sólido, especialmente num mercado em que qualquer deslize custa caro. Em pleno 2024, essas notas são quase uma apólice de seguro. Entregar o jogo original ao mesmo estúdio não foi uma decisão de negócios inteligente.