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Bons Devs que não deixaram suas ideias se perderem

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Um hospital psiquiátrico, um mestre kung fu, um gato laranja e um grupo em expedição. Todos parecem bastante distintos, mas que possuem uma coisa em comum, a origem de seus desenvolvedores, bora conhecer um pouco deles?

Ubsoft é uma editora e publicadora de jogos francesa com sede em Montreuil, em Paris. Possui 30 estúdios em 19 países, além de suas subsidiárias, a editora já teve dias melhores e é maior conhecida por sua principal franquia Assassins Creed, possuindo mais de 10 jogos com alguns mudando seu estilo de jogo e gameplay. A empresa é amada e odiada ao mesmo tempo, e tende a seguir um modelo de desenvolvimento focado em quantidade, mas pecando na qualidade, possui vários títulos com ótimo potencial, mas que não recebem a atenção necessária em seu processo e isso as vezes leva a seus desenvolvedores agirem de forma independente em seus projetos uma vez que suas ideias são rejeitadas por seus superiores. Separei aqui alguns jogos que tiveram bastante destaque na comunidade gamer e que seus criadores fizeram parte da história da Ubsoft.

OUTLAST

Desenvolvido e publicado pela Red Barrels, fundada por David Chateauneuf, Hugo Dallaire e Philippe Morin em 2011, todos já trabalharam não só na Ubsoft Montreal, com participações em Prince of Persia, Assassins Creed, Splinter Cell. Decidiram fundar a empresa depois do Dallaire criar sua IP em 2010. Todos pediram demissão de seus cargos e logo começaram a ganhar espaço na internet com seu primeiro trailer lançado em um halloween.

Outlast foi lançado oficialmente em 4 de setembro de 2013, é um dos survival horrors mais conhecidos hoje em dia por conta de seu clima pesado e ambientação perturbadora.

No jogo, controlamos Miles Upshur, um repórter que começa a investigar um hospital psiquiátrico abandonado (o que pode dar errado não é mesmo?). Sua ambientação e gráficos deixam o clima cada vez mais pesado a cada passo que você dá, e outro agravante é o fato de sermos incapazes de combater, as únicas opções são correr e se esconder e única vantagem que temos é a de conseguir subir em dutos e nos agarrar em bordas já que os inimigos apenas saltam por alguns objetos baixos enquanto te perseguem.

Por se tratar de um lugar abandonado, a maior parte do jogo passaremos por ambientes escuros, por isso carregamos uma câmera com sua função principal sendo a visão noturna, mas precisando de um bom gerenciamento já que consome baterias, que devemos procurar durante o decorrer do jogo.

Sifu

Desenvolvido e publicado pela Sloclap, desenvolvedora fundada por ex-desenvolvedores da Ubsoft Paris em 2015 e seu primeiro projeto foi o Absolver, lançado em 29 de agosto de 2017 vendeu mais de 250.000 cópias em menos de mês de lançamento e hoje em dia conta com o lançamento do Rematch, com uma proposta totalmente diferente, o futebol.

Sifu traz de volta a nostalgia dos beat’em up para os consoles atuais de forma modernizada, e seu diferencial está em sua inspiração e fidelidade às artes marciais Pai Mei, que com uma ótima captura de movimento, reproduziu com excelência o kung fu em seu combate. Outro ponto interessante no jogo se deve a dificuldade, com mais de 150 movimentos únicos e combos dos simples aos complexos a se fazer, nem sempre o jogador terá brecha para realiza-los, já que normalmente será cercado de inimigos.

Sifu tem uma dificuldade interessante, já que sempre que o jogador morre, será renascido um pouco mais velho, seus golpes impactam mais, mas sua vida será menor. Sua história se baseia em uma vingança incurável aos que mataram brutalmente sua família, mas temos que concordar, a história aqui é apenas um motivo para irmos ao que interessa, descer a porrada em vagabundo, boas lutas de kung fu muito bem performadas.

Stray

Desenvolvido pela BlueTwelve (B12) e publicado pela Annapurna Interactive. Seu desenvolvimento começou em 2015 com Colas Koola e Vivien Mermet-Guyenet que decidiram seguir com seu projeto de forma independente depois de trabalharem na Ubsoft Montpellier. Com influência da cidade de Murada de Kowloon que rapidamente pensaram que poderia ser explorada por um gato, e junto à vários vídeos e imagens de gatos, usaram também seus gatos pessoais na captura.

Stray foi anunciado em 2020 e lançado em 2022, foi muito bem recebido pelo público e conhecido como “Jogo do gato”. Se tornou bem popular por sua linha artística e boas trilha sonoras junto a sua exploração com o carisma de um gato laranja.

Em um mundo dominado por robôs, estaremos na pele de um gato em busca de voltar à superfície para encontrar seu grupo novamente. Com a ajuda de um drone que ele acaba encontrando e que traduz o idioma para que o gato consiga avançar em sua jornada nessa cidade subterrânea cheia de robôs conscientes.

Clair Obscur: Expedition 33

Desenvolvido pelo estúdio Sandfall Interactive e publicado pela Kepler Interactive, fundado por Guillaume Broche, ex-desenvolvedor da Ubisoft que estava entediado com seu trabalho. Enfrentou dificuldades em trazer vida a seu projeto porque “não era o que os jogadores queriam”, que preferiu acreditar em sua ideia e trazer de forma independente, que em apenas 33 dias após seu lançamento em 24 de abril de 2025, vendeu 3,3 milhões de cópias.

Clair Obscur possui um mundo semiaberto e combate em turno interativos, aqui controlaremos um grupo de voluntários da Expedição 33 que tem a missão de destruir a Pintora, uma entidade misteriosa que causa o Gommage anual.

A escolha de batalha em turnos foi justificada por Broche por achar que esse estilo de jogo é negligenciado pelas grandes desenvolvedoras, e adotando mecânicas em tempo real, deixou o jogo atrativo até para aqueles que não se davam muito bem com o gênero. Que junto a sua arte, trilha sonora, puzzles e senso de humor, é um dos principais candidatos a jogo do ano para muitos jogadores.

E se você gostou do Clair Obscure, temos uma lista com alguns jogos indies que você também pode gostar ( https://bonfireoficial.com.br/5-jogos-indies-para-quem-amou-clair-obscur-expedition-33/ ). Vale a pena dar uma conferida.

Colaborador
Opa, sou o Alisson conhecido também como Aleso, apaixonado por games desde os 7 anos, quando fui apresentado ao Nintendo 64 junto ao Diddy Kong racing e Mortal Kombat, que ditaram os gêneros que mais me divirto jogando, corrida e luta. E hoje, com 28 anos, continuo buscando jogos que resgatam essa essência nostálgica e gostosa que é jogar videogame.

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