Mike Laidlaw, ex-diretor criativo da BioWare, afirmou que teria deixado o estúdio caso a Electronic Arts insistisse em transformar Dragon Age em um jogo como serviço.
O comentário veio após declarações do CEO da EA, Andrew Wilson, que sugeriu que Dragon Age: The Veilguard poderia ter sido mais bem-sucedido se atendesse às “novas demandas dos jogadores”, referindo-se a experiências compartilhadas e multiplayer.
Wilson fez a observação durante uma conferência com investidores, ao justificar a revisão para baixo das projeções financeiras da EA, que sofreu com as vendas abaixo do esperado de FC 25 e The Veilguard.
Relatos apontam que o Dragon Age: The Veilguard originalmente foi concebido como um título live-service, mas a BioWare mudou de direção, optando por manter o jogo no formato single-player clássico da franquia.
Em resposta à declaração de Wilson, Laidlaw criticou a ideia de forçar multiplayer em uma série conhecida pela sua narrativa focada no jogador.
“Olha, eu não sou um CEO cheio de termos bonitos, mas se alguém me dissesse que o sucesso de uma franquia single-player era torná-la totalmente multiplayer, eu provavelmente teria largado esse emprego ou algo assim”, escreveu Laidlaw no BlueSky.
A EA reduziu sua previsão de faturamento para o ano fiscal após o desempenho fraco de Dragon Age: The Veilguard. O RPG alcançou 1,5 milhão de jogadores em dois meses, bem abaixo das expectativas da empresa, que projetava um público quase duas vezes maior nesse período.
Com o futuro da BioWare em transição, a discussão sobre a pressão para transformar jogos narrativos em serviços contínuos segue como um dos maiores debates da indústria.
Dragon Age: The Veilguard estará disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC.
