O ano de 2025 está recheado de grandes jogos, e olha que estamos apenas em junho, mas, com certeza, a maior surpresa até o momento é Clair Obscur: Expedition 33. O jogo indie, feito por uma pequena equipe de um pouco mais de 30 devs, conquistou uma legião de fãs e quebrou recordes de vendas com sua história densa, personagens marcantes e carismáticos, e uma jogabilidade que muitos afirmam “redefinir o gênero de RPG de turno”.
Apesar do destaque merecido de Clair Obscur: Expedition 33, existem vários outros jogos indies que também seguem o estilo de “RPG de turno”. Com isso em mente, trouxe 5 recomendações de jogos com a mesma pegada, para quem amou Expedition 33.
For the King

Nas longínquas terras de Fahrul, o rei foi assassinado e o reino foi imerso em caos. Cabe a você investigar o caso e descobrir quem matou o rei. Em For the King, você é apenas um camponês que, a pedido da rainha, sai em busca de impedir que o caos que se alastra pelo reino piore. Para isso, você vai enfrentar climas implacáveis, criaturas malignas e adentrar o submundo. Tudo isso para se tornar a lenda dessa história!

For the King, produzido pela IronOak Games e distribuído pela Curve Games, pode ser jogado solo ou em coop (local ou online). O jogo segue o estilo rogue-lite, ou seja, cada partida é única, onde mapas, missões, recompensas e eventos são gerados de maneira aleatória. O mapa tenta emular um tabuleiro de RPG real, com hexágonos e eventos espalhados pelo mapa. O combate também tenta emular o formato do RPG real, com jogadas de dados para determinar a eficácia do seu ataque. Tudo aqui é feito de forma competente e divertida. For the King está disponível com legendas em pt-br e nas plataformas Steam, Epic Store, Switch, Xbox Store e PSN.
Battle Chasers: Nightwar

Com toda a vibe e personalidade dos quadrinhos dos anos 90, a Airship Syndicate une o estilo quadrinesco americano ao estilo de jogabilidade JRPG para entregar o sólido Battle Chasers: Nightwar. Nesse jogo, acompanhamos Gully e seu grupo tentando sobreviver a uma ilha repleta de perigos e desafios, ao mesmo tempo em que investigam estranhos acontecimentos e ajudam os moradores locais.

O jogo é continuação de uma HQ, com o nome Battle Chasers, que foi ilustrada e escrita pelo renomado Joe Madureira. É também o primeiro jogo da Airship Syndicate (que também produziu outro jogo dessa lista) e distribuído pela THQ Nordic. A jogabilidade de turnos, apesar de simples, é bem competente. A exploração é recompensadora e a história é interessante. Os personagens são bem adoráveis (um salve aqui para o Calibretto), até mesmo os NPCs que encontramos durante a jornada. O jogo foi lançado em 2017 e nunca ouvi muita gente falando dele. É um jogo que vale muito a pena conferir. Battle Chasers: Nightwar está também disponível com legendas em pt-br e nas plataformas Steam, GOG, Epic Store, Switch, Xbox Store, PSN, iOS e Android.
Ruined King: A League of Legends Story

Em 2019, a Riot Games resolveu criar uma editora de jogos subsidiária, a Riot Forge (foi fechada em 2024, na onda de demissões em massa da indústria de videogames), que seria responsável por custear a criação de jogos menores dentro do universo de League of Legends. Coube à Airship Syndicate o desafio de entregar o primeiro jogo dessa nova empreitada da Riot: Ruined King: A League of Legends Story. O jogo acompanha seis campeões conhecidos do jogo original League of Legends: Miss Fortune, Illaoi, Braum, Yasuo, Ahri e Pyke, em uma empreitada pelas Águas de Sentina, rumo às misteriosas Ilhas das Sombras.

O jogo foi bem recebido pela crítica e pelo público, com principais elogios à direção de arte e à história, e com uma jogabilidade muito semelhante ao jogo anterior do estúdio, o Battle Chasers: Nightwar, mas com algumas adições interessantes à fórmula. Disponível completamente em pt-br, Ruined King: A League of Legends Story pode ser encontrado na Steam, GOG, Epic Store, Switch, Xbox Store e PSN.
Chained Echoes

Inspirado nos grandes clássicos de Super Nintendo, principalmente em Chrono Trigger, Chained Echoes é um jogo em 16 bits, focado na narrativa, com combate por turnos rápidos e trilha sonora que remete aos JRPGs da era PSX. Esse jogo foi feito, em sua maior parte, por uma única pessoa, Matthias Linda, fundador do estúdio Umami Tiger, e, por isso, demorou sete anos para ser lançado. A ideia começou a ser desenvolvida em 2015, mas somente em 2019 foi aberta uma campanha no Kickstarter, na qual foi um sucesso, e ele conseguiu apoio da Deck13 para publicar o jogo, que seria lançado em 2022. Impressionante, não? O jogo foi sucesso de crítica e público, ganhando vários prêmios mundo afora.

Na história, acompanhamos um grupo de heróis que viajam pelo continente de Valandis, a pé ou a bordo do seu mecha, enfrentando inimigos desafiadores e buscando trazer a paz de volta ao reino. Prometendo entregar cerca de 30 a 40 horas de conteúdo, o jogo conta com crafts, loots espalhados pelo mapa, um sistema complexo de skills e equipamentos, e sem encontros aleatórios pelo mapa, já que os inimigos podem ser vistos. Infelizmente, o jogo não conta com legendas pt-br nativas, mas é possível instalar um mod, feito pela comunidade, para traduzir. O jogo encontra-se disponível na Steam, GOG, Switch, Xbox Store e PSN.
Sea of Stars

Talvez o jogo que mais se aproxima da jogabilidade de Expedition 33, Sea of Stars promete modernizar os RPGs clássicos e trazer um novo ar à fórmula já conhecida de RPG de turnos. Assumidamente inspirado em Chrono Trigger (o criador do jogo falou, em uma entrevista, que gostaria que o jogo fosse um sucessor espiritual de Chrono Trigger, e o próprio criador desse último reconheceu Sea of Stars como tal), acompanhamos a jornada dos Filhos do Solstício, que combinarão os poderes do sol e da lua para realizar a Magia do Eclipse, a única força capaz de deter as criações monstruosas do malvado alquimista conhecido como The Fleshmancer.
Apertar o botão de ação em sincronia com as animações aumenta o dano contra os inimigos, enquanto diminui o dano recebido. Junto de ataques cronometrados, o combate apresenta ataques combinados de vários personagens, reforços e um sistema estratégico de “travas” que oferece opções para jogar com diferentes tipos de dano, a fim de deter inimigos enquanto eles canalizam ataques ou feitiços poderosos, tudo em uma abordagem imersiva do gênero: sem encontros aleatórios, sem transições para campos de batalha separados e sem árduas repetições.

Você pode jogar solo ou em coop local de até três jogadores. A exploração conta com muitas opções, como escalar, saltar, nadar, usar arpéis, entre outras opções inventivas e divertidas. Cansado de uma batalha após a outra? Monte um acampamento, converse com os membros da sua equipe, cozinhe para sua próxima aventura. Pescar, velejar e jogos de tabuleiro também são outras alternativas para passar o tempo e se divertir. Sea of Stars é um jogo bem completo, robusto e nostálgico. Um prato cheio para os fãs de RPG de turno clássicos, mas com um toque moderno no meio. Sea of Stars está disponível em pt-br e encontra-se nas plataformas Steam, Switch, Xbox Store e PSN.
E assim termina nossa lista. Ainda existem muitas pérolas escondidas por aí, indies e do gênero “RPG de turno”. Se você conhece algum jogo que ficou de fora da lista, não deixe de recomendar nos comentários. E que venham mais jogos tão bons quanto Expedition 33, Chained Echoes, Sea of Stars e o restante aqui citados.
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